24 de ago. de 2010

Combatendo o Tabagismo


De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), atualmente três milhões de pessoas morrem por ano em função do cigarro. Para vencer a guerra contra o fumo e evitar as doenças por ele causadas atitudes mais enérgicas devem ser tomadas.
Este é o principal tema a ser levantado pela Rede Mundo Melhor no dia 29 de agosto - Dia nacional de combate ao fumo.


Quando o presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou a lei que restringe a propaganda de cigarro e o uso de produtos derivados do tabaco, o Brasil deu uma grande e significativo passo em direção ao combate desta chamada "Droga Lícita". Foi o fim das sedutoras propagandas de Malboro ou as eletrizantes chamadas dos cigarros Hollywood?
A lei passou a vigorar em 28 de dezembro de 2000 e de lá para cá continuamos avançando.

De acordo com a Lei 10.167, ficaram proibidos os anúncios nos meios de comunicação (inclusive internet), anúncios em outdoors, placas e cartazes luminosos. Foi proibida, também, a distribuição de qualquer tipo de amostra ou brinde, a venda de cigarros em estabelecimentos de saúde, o consumo de cigarros em aviões, independente do tempo e duração do vôo, a venda do produto por via postal, a realização de visita promocional ou distribuição gratuita em estabelecimento de ensino ou local público e a propaganda indireta contratada, também denominada merchandising.

Além disso, a Lei majora o valor das multas a serem aplicadas em caso de descumprimento e determina os órgãos competentes para exercer a fiscalização do cumprimento da Lei nº 9.294/96.

Consequências do Fumo

Os malefícios do tabaco são provenientes, em grande parte, das minúsculas partículas de alcatrão nele incluídas. O cigarro contém substâncias cancerígenas e co/cancerígenas, portanto causadoras de câncer. A fumaça do cigarro é composta ainda de 2% a 6% de monóxido de carbono, um gás tóxico que dificulta o transporte e utilização do oxigênio. Esses compostos também alteram o funcionamento dos microscópicos cílios do sistema respiratório. Como esses cílios têm a função de limpar as vias respiratórias e livrar os pulmões de partículas indesejáveis, tais como bactérias e compostos químicos nocivos, o fumante também é mais propenso a adoecer de doenças respiratórias.

Metade dos seis tipos de câncer que mais matam no Brasil tem o cigarro como fator de risco. O fumo é responsável por 90% dos casos de câncer de pulmão, causador de 12 mil mortes por ano no país. No pulmão, além de câncer, o uso do cigarro promove várias outras doenças graves. O enfisema e a bronquite, doenças pulmonares obstrutivas crônicas, são doenças graves causadas, na grande maioria das vezes, pelo hábito de fumar. Além disso, o cigarro está relacionado à causa de tumores malignos em vários outros órgãos como: a boca, laringe, pâncreas, rins e bexiga.

Das mortes causadas pelo fumo 25% são decorrentes de doenças coronarianas, como infarto do coração. Os fumantes correm quase o dobro do risco dos não fumantes de sofrer um infarto do miocárdio ou morte por doenças coronarianas. O cigarro causa lesões nos vasos sanguíneos de todo o corpo, propicia acidentes vasculares cerebrais, mais conhecidos como "derrames", e aumenta a concentração de LDL (colesterol "mau") e diminui a concentração de HDL (colesterol "bom") no sangue.
Mas engana-se quem pensa que o fumante prejudica apenas a ele mesmo.
Agora torna-se cada vez mais comum o surgimento de doenças relacionadas ao uso de tabaco em pessoas não fumantes. São os chamados fumantes passivos.
O fumante passivo é aquele que não fuma, porém respira a fumaça do cigarro de outras pessoas. As crianças são as maiores vítimas do fumo passivo. Os filhos de mães que fumaram durante a gravidez tendem a nascer com peso e altura inferiores aos filhos de mães não fumantes. A criança que convive com fumantes, está mais sujeita a se tornar um fumante e a fumar mais precocemente.

Você sabe quanto custa fumar?

A intervenção ao tabagismo é muito efetiva considerando-se os custos de tal ação. A diminuição do tabagismo está relacionada com a diminuição do número e gravidade de doenças cardiovasculares e pulmonares, do câncer, e das hospitalizações. Essa diminuição está relacionada também com menor número de recém nascidos de baixo peso e menor incidência de distúrbios físicos, cognitivos e emocionais nos filhos de mães que fumaram durante a gestação. Ou seja, é melhor e mais barato gastar com o combate ao fumo do que cuidar dos problemas por ele causado. Gastando menos com as doenças causadas pelo tabagismo o governo terá mais recursos para investir em outras áreas da saúde.

Novas Alternativas de Combate ao Fumo

O governo britânico iniciou em 1990 um programa alternativo de combate ao fumo. Esse programa era baseado na gratificação dos médicos que convencessem seus pacientes a abandonar o hábito de fumar. As autoridades responsáveis haviam concluído que tal esforço seria mais eficiente e de menor custo para o Estado do que as campanhas publicitárias antitabaco. É a velha, mas eficaz filosofia milenar do "é melhor prevenir do que remediar".

Além disso, novas pesquisas continuam sendo realizadas em várias partes do mundo na tentativa de encontrar a melhor forma de combater o tabagismo.

Junte-se à Rede Mundo Melhor e participe desta luta!



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