29 de mar. de 2010

Fora da sala de aula

Mais de 4,1 milhões de crianças e jovens em idade escolar (de 4 a 17 anos) estão fora das salas de aula. A informação é da secretária da Educação Básica do MEC (Ministério da Educação), Maria do Pilar Lacerda, baseada na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Deste total, 3,5 milhões têm 4 ou 5 anos ou já são adolescentes com 15 a 17 anos. A inclusão destas duas faixas etárias no sistema de ensino passou a ser obrigatória somente a partir do ano passado, com a aprovação da Emenda Constitucional 59 - que também determinou o fim gradual da DRU (Desvinculação das Receitas da União). Os Estados e municípios têm prazo até 2016 para fazer a inclusão destes potenciais alunos no sistema de ensino.
De acordo com Pilar, outros 680 mil jovens, com 7 a 14 anos, também não frequentam as salas de aula. "Eles são 2% das crianças nessa faixa etária, que o governo faz busca ativa para incluir", afirma. Esta faixa etária, no entanto, já deveria estar integralmente incluída nos colégios de todo o país.
A secretaria explica que estes 680 mil não matriculados são, em sua maioria, pessoas com deficiências, jovens do campo ou de populações ribeirinhas, com dificuldades de acesso à rede.

Novo levatamento de dados



Pilar afirma que um novo levantamento com os problemas na oferta de vagas em cada rede de ensino deverá ficar pronto até maio. Informações mais precisas são fundamentais porque, de acordo com ela, há muita diferença entre os municípios e Estados.
“A cidade de Pará de Minas tem 100% das crianças matriculadas em escolas de educação infantil, enquanto há estados ricos que não têm 50%”, disse.
A universalização do ensino é um dos temas em debate na Conae (Conferência Nacional de Educação), realizada em Brasília até a próxima quinta-feira (1º). Uma das metas da reunião é tirar as diretrizes para um sistema nacional de educação.



Fonte: UOL 
LEIA MAIS

22 de mar. de 2010

Homenagem à Regiane

A Rede Mundo Melhor vem a público prestar uma singela homenagem a nossa voluntária Regiane de Cássia Vitório. Vítima fatal de acidente de carro provocado por irresponsáveis que realizavam um "racha", ela deixou saudades. Ficam aqui as sensíveis palavras pronunciadas pelo nosso Diretor Sérgio Rogério, por ocasião de sua Missa de Sétimo Dia, no último sábado, 20 de março de 2010.

"Primeiramente, nós, amigos e parentes, gostaríamos de agradecer à todos que puderam colaborar com sua presença na manhã de hoje, durante a Caminhada pela Paz no Trânsito. Nesta oportunidade, prestamos novas homenagens à Regiane e aproveitamos para pedir justiça.
Neste momento, todos aqui presentes encerram um primeiro ciclo: o de despedidas. Aqui reunidos, nós oramos para que o espírito iluminado de Regi possa descansar sob o braço reconfortante do nosso Senhor Jesus Cristo. Em sua infinita misericórdia, pedimos que Deus continue confortando o coração de sua mãe, de sua família, de seus amigos e de todos que tiveram o privilégio de conhecê-la.
Muitos tiveram a oportunidade de conviver com ela durante muito tempo, desde que nasceu. Outros a conheceram há poucos anos ou meses. Porém todos devem concordar que, independentemente de quanto durou essa convivência, valeu muito a pena estar com ela. Sua alegria, seu jeito meigo de menina decidida cativou a todos. Uma luz contagiante brilhava em seu sorriso, fazendo-nos perceber que realmente valia à pena vivenciar momentos ao seu lado.
E assim esse texto se faz. Conduzido de maneira alegre, ele nos incita a manter sempre viva a memória de uma pessoa da qual cada um de nós guardará bons, alegres e até engraçados momentos. São esses momentos que devem ser guardados em nossas lembranças.
Mais importante do que a forma como passamos pela vida de alguém, é a maneira como contribuímos para tornar o dia daquela pessoa melhor, fazendo-a enxergar que o verdadeiro amor tudo resolve, tudo cura.
Nessa pequena homenagem, fica uma mensagem para nós que aqui estamos. Não apenas pedimos para que sua alma descanse em paz. Mas ficamos imbuídos do compromisso com nossas próprias vidas. De acordarmos todos os dias, agradecendo a Deus por mais um dia de vida e saúde.
Ficamos aqui com a responsabilidade de fazer cada um desses dias valer à pena, e de nos tornarmos mais pacientes e tolerantes ante as adversidades da vida. Nós, que convivemos com essa rainha bondosa, sim este era o significado do seu nome, temos o compromisso de buscar no amor, tudo o que quisermos alcançar.
Mais uma vez, pedimos que Deus continue dando força à sua mãe, parentes e amigos e lembramos que nuca é tarde para amar, perdoar e crer que Deus nos guarda e nos ilumina sempre.
Descanse em paz, anjo de luz."

LEIA MAIS

19 de mar. de 2010

Pequeno investidor ignora sustentabilidade

Na hora de montar sua carteira de ações, o investidor minoritário, aquele que tem até R$ 200 mil para aplicar em ações, só pensa em uma coisa: lucro. Eles estão errados? Claro que não. Mas a BM&FBovespa tenta provar que é preciso colocar outra peso nesta balança: a sustentabilidade.

Para isso, a Bolsa mantém há quase cinco anos o ISE, o Índice de Sustentabilidade Empresarial, que lista um total de até 40 empresas reconhecidamente engajadas com ações sustentáveis. O índice considera que essas empresas geram valor para o acionista no longo prazo, pois estão mais preparadas para enfrentar riscos econômicos, sociais e ambientais.

Essa demanda veio se fortalecendo ao longo do tempo no mercado internacional, e hoje é amplamente atendida por vários instrumentos financeiros. Por aqui, porém, o investimento não tem se mostrado tão atrativo quanto poderia.

“Por enquanto, poucos minoritários pensam em comprar ações de uma empresa sustentável. No máximo, eles querem saber se ela está no Novo Mercado”, diz o economista Clodoir Vieira, da corretora Souza Barros.

Vieira diz que há baixa procura por esse tipo de ação porque muitos desses investidores ainda são céticos. “Muita gente prefere ações da Sousa Cruz, por exemplo, porque quer empresas que cresçam, não importa como”, afirma.

O mesmo não acontece com os grandes investidores, como os fundos de pensão. Eles estão de olho, por exemplo, em como a companhia trata o meio ambiente. A Previ, fundo de previdência privada que pertence aos funcionários do Banco do Brasil, é um exemplo. “As ações de uma empresa que toma uma multa porque poluiu um rio podem 'desabar'. Se não estiver atento, um fundo grande como a Previ, que investe milhões de reais, pode perder muito dinheiro de uma hora para outra”, diz Vieira.

Para o diretor da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), Luiz Maia, investir em empresas com preocupação socioambiental tem mais uma vantagem. “Elas oferecem menos risco [econômico] do que uma empresa que não respeita o ambiente.”

Apesar da baixa procura, a direção da Bolsa acredita que uma hora este jogo vira. “Hoje os grandes investidores e os estrangeiros estão mais preocupados com a questão da sustentabilidade das empresas. Mas isso ainda vai chegar à pessoa física”, afirma a diretora de sustentabilidade da BM&FBovespa, Sonia Favaretto.

E, para isso, o melhor caminho talvez não seja o lucro. “O apelo para a adesão dos minoritários não precisa mais ser a lucratividade, porque as empresas sustentáveis já dão lucro. A atração tem de ser pelo tratamento que elas dão ao ambiente”, afirma Carolina Murphy, pesquisadora da Columbia University (EUA), onde fez mestrado em Desenvolvimento Econômico e Político.

Valorização

Mesmo em meio ao turbilhão da crise financeira mudial, a rentabilidade do ISE em 2009 foi de 66,4% em relação ao ano anterior. Já o Ibovespa subiu 82,6% no período. Desde que foi criado, no final de 2005, até julho de 2009, o índice havia acumulado valorização de 53,9%. No mesmo período, o Ibovespa registrou ganhos de 71,6%.

Perfil

De acordo com a Bolsa, o ISE é voltado para dois tipos de investidores. O primeiro é o pragmático, aquele que compra ações de empresas listadas em índices de sustentabilidade porque acredita que elas têm mais chances de permanecerem produtivas pelas próximas décadas e que sofrerão menos passivos judiciais.

O segundo é o engajado, que, por comprometimento pessoal, decide privilegiar as empresas que atuam com respeito a valores éticos, ambientais e sociais e não quer se envolver com empresas que poluem ou que têm problemas com direitos humanos.

Mudanças no ISE

A BM&FBovespa anunciou na sexta-feira

(12) mudanças na metodologia para a definição da próxima carteira teórica do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE).

O ISE é formado atualmente por um grupo de 34 empresas que tem como meta a responsabilidade social e preocupação com o ambiente. A carteira de ações é revista todos os anos. A que está em vigor até 30 de novembro reúne 43 ações. Os recursos não podem ser alavancados (investir em mercado futuro, com possibilidade de aumentar o retorno, com mais risco).

Entre as principais alterações, o convite para se candidatar ao índice passará a ser feito para as companhias detentoras das 200 ações mais líquidas da bolsa, não mais para as 150 mais negociadas, como anteriormente. Fora isso, o questionário que será enviado para as companhias contará com um grupo de questões envolvendo iniciativas relacionadas a mudanças climáticas.

Já a quarta mudança prevê que o conselho do ISE - composto por diversas entidades, incluindo a Bolsa - poderá dar, em casos extraordinários, uma explicação ao mercado sobre a retirada de alguma companhia da carteira.

Isso ajudará a evitar especulações, como ocorreu na saída da Petrobras do índice em 2008. Sem uma posição do conselho, a exclusão da estatal foi relacionada pelos agentes aos níveis de partículas de enxofre considerados elevados na produção de diesel.

A divulgação da nova carteira está prevista para 25 de novembro.

(Fontes: UOL / Valor Online)


LEIA MAIS
Related Posts with Thumbnails